Psicologia e as vertentes epistemológicas
A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais — como pensamentos, emoções, percepções e motivações — buscando compreender como o ser humano sente, pensa e age em diferentes contextos. Seu objetivo é investigar cientificamente os fenômenos psicológicos, utilizando métodos de observação, experimentação e análise, sempre com base em fundamentos teóricos e epistemológicos.
Ao longo da história, diferentes escolas psicológicas surgiram, cada uma com sua vertente epistemológica, ou seja, com diferentes formas de entender como o conhecimento sobre a mente humana deve ser construído.
- Estruturalismo (Wilhelm Wundt e Edward Titchener): foi a primeira escola da psicologia científica. Buscava compreender a estrutura da mente por meio da introspecção, analisando os elementos básicos da consciência.
- Funcionalismo (William James): focava nas funções da mente e do comportamento, estudando como o ser humano se adapta ao ambiente.
- Behaviorismo (John B. Watson, B.F. Skinner): defendia que a psicologia deveria estudar apenas o comportamento observável, rejeitando a análise da mente como objeto científico.
- Psicanálise (Sigmund Freud): enfatizava o papel do inconsciente, dos desejos reprimidos e das experiências infantis na formação da personalidade e no comportamento.
- Gestalt (Max Wertheimer, Wolfgang Köhler, Kurt Koffka): afirmava que a percepção humana é organizada de forma total e que o todo é diferente da soma das partes.
- Humanismo (Carl Rogers, Abraham Maslow): valorizava o potencial humano, a liberdade, a criatividade e a busca por autorrealização.
- Cognitivismo (Jean Piaget, Ulric Neisser): surgiu como reação ao behaviorismo e passou a estudar os processos mentais internos, como pensamento, memória e linguagem.
Essas diferentes vertentes epistemológicas refletem distintas formas de compreender o ser humano — algumas mais objetivas e experimentais, outras mais subjetivas e interpretativas —, mas todas contribuíram para consolidar a Psicologia como uma ciência plural, dinâmica e em constante transformação.
